Os Urbanitas

Nada de "mais". Só um lugar pra falar mais rapidamente sobre as novidades em cultura urbana. E, claro, cibernética, também.

8.4.05

Jornadas sobre Alternativas Religiosas na América Latina

27 a 30 de setembro de 2005

Campus central da
PUCRS

Porto Alegre - RS - Brasil


Religião, poder e política: novos atores e contextos na América Latina

Evento promovido pela Associação dos Cientistas Sociais da Religião do Mercosul (ACSRM), pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS e pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRGS.

CHAMADA PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS

A Comissão Organizadora das XIII Jornadas sobre Alternativas Religiosas na América Latina, que ocorrerão entre 27 e 30 de setembro de 2005, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), convida a todos os interessados a apresentar comunicações (ponencias) nos Grupos de Trabalho previstos entre as atividades do evento.

A proposta deverá conter o nome do pesquisador, seu e-mail, vínculo institucional, país de origem e um resumo (abstract) de, no máximo, 15 linhas (Tamanho 12, fonte Times New Roman), com título e 3 palavras-chaves.

O proponente deverá encaminhar sua(s) proposta(s) de comunicação, via e-mail, à avaliação dos coordenadores dos Grupos de Trabalho (GTs) até 30/04/2005.

Seguem abaixo a relação dos GTs e o endereço eletrônico de seus respectivos coordenadores.

Para maiores informações sobre o evento, enviar mensagem para:
xiiijornadas@terra.com.br

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Grupos de Trabalho das XIII Jornadas sobre Alternativas Religiosas na América Latina

GT: Religião, salvação e auto-ajuda

Coordenadores: Deis Siqueira (UnB - Brasil) e Eurico Cursino dos Santos (UnB - Brasil)

E-mail de Deis Siqueira: deis@webconcominios.com.br; deissiqueira@yahoo.com.br
E-mail de Eurico Cursino dos Santos: eurico@unb.br

Ementa:
A partir da segunda metade do século passado, observam-se mudanças no sentido do principal interesse religioso. A salvação (vida pós-morte e afastar-se da inquietação existencial) vem se direcionando para a "psicologização da religião", tal como proposto por Berger, na década de 60. Esta se articula, crescentemente, com a literatura contemporânea e práticas de auto-ajuda, assim como com um estilo de vida que privilegia o bem-estar. A proposta do GT é refletir as relações genéticas, formais e conteudísticas existentes entre este movimento e as organizações religiosas.


GT: Estética, consumo e diversão

Coordenadoras: María Eloísa Martín (Museu Nacional/UFRJ - CONICET - Argentina) e Leila Amaral (UFJF - Brasil)

E-mail de María Eloísa Martín: eloisamartin@ar.inter.net
E-mail de Leila Amaral: leila.amaral@artnet.com.br

Ementa:
O GT Esética, consumo e diversão tem como objetivo debater como as práticas religiosas se vinculam às práticas de consumo de massas e de bens culturais da estética (incluindo as manifestações artísticas, eruditas ou populares), de diversão e ócio. Tendo em conta que muitas vezes indivíduos e grupos se relacionam com o sagrado através destas práticas, procura-se discutir e investigar até que ponto as práticas de consumo e diversão e as manifestações estéticas podem ser interpretadas como formas de produção, transmissão e de experiência do sagrado, independentemente de sua incorporação ou não nos rituais religiosos.


GT: Religião e Saúde

Coordenador: Alexandre Brasil Carvalho da Fonseca (UFRJ - Brasil)

E-mail de Alexandre Brasil: abpalm@uol.com.br

Ementa:
Nos últimos anos, vem se fortalecendo uma nova área de estudos denominada "ciências humanas e sociais em saúde". Em seu processo de constituição e delimitação, figuram vários trabalhos que tratam da questão da religião ou da religiosidade. Nesse sentido, é recorrente, inclusive, a constatação de pesquisadores da área de saúde pública sobre "o papel organizador da religião em relação aos estados confusos e desordenados dos processos de enfermidade" (Alves & Minayo, 1994). O GT tem como objetivo reunir trabalhos que investiguem a relação entre religião e saúde. Relação que abrange diversos temas de estudo, como, por exemplo: compreensão do corpo, da vida e da morte; rituais e busca de cura nas religiões populares; relação dos fiéis com as enfermidades e com os tratamentos terapêuticos à luz de suas crenças e práticas religiosas; reações de grupos religiosos à Lei de Biossegurança, às tecnologias reprodutivas e à proposta de descriminalização do aborto; implicações de crenças e práticas religiosas para a saúde individual e para as relações afetivas e familiares.


GT: Religião e Cidades

Coordenadores: Ronaldo Romulo Machado de Almeida (Unicamp - Brasil), Clara Cristina Jost Mafra (UERJ - Brasil) e Paula Montero (USP -Brasil)

E-mail de Ronaldo Almeida: ronaldo@cebrap.org.br
E-mail de Clara Mafra: claramafra@uol.com.br
e-mail de Paula Montero: pmontero@usp.br

Ementa:
Nas últimas décadas, temos assistido a um processo global de re-configuração ou re-estruturação das cidades: por um lado, os centros urbanos se reestruturam no seu interior, transformando e reinstituindo hierarquias e fronteiras clássicas como centro e periferia, interior e exterior, área de exclusão e de inclusão, áreas de ampla e de baixa circulação; por outro lado, as redes e hierarquias entre cidades se refazem em novos termos. As religiões, a partir de uma perspectiva espacial e geográfica, acompanham, multiplicam, enfatizam, mudam fluxos, escalas, territórios, disposições nas cidades. Neste grupo de trabalho, queremos debater em que medida a vida urbana articula-se com os processos religiosos contemporâneos? Trata-se aqui não de ter a cidade como pano de fundo de fenômenos religiosos, mas como uma variável analítica na construção do argumento. Como o dinamismo urbano inflecte sobre a experiência religiosa? Ou como os fenômenos religiosos se dispõem no espaço e conformam a paisagem urbana? Assim como estas, outras questões podem ser formuladas levando em consideração planos analíticos como a dimensão demográfica e urbanística, o plano da sociabilidade, os usos da cidade pela religião e seus demarcadores simbólicos, entre outros. Devido à complexidade dos campos de pesquisa envolvidos neste GT, interessa-nos em particular a variedade e articulação de metodologias em universos empíricos específicos assim como as reflexões de perfil mais teórico sobre elas.



GT: Religião, gênero e sexualidade

Coordenadora: Sônia Weidner Maluf (UFSC - Brasil)

E-mail de Sônia Maluf: maluf@cfh.ufsc.br

Ementa:
O GT tem por objetivo discutir os modos em que gênero, sexualidade e religião têm se cruzado nas experiências sociais na América Latina e proporcionar um espaço de encontro e reflexão entre os pesquisadores da área de estudos feministas e de gênero e os dos estudos de religião. Os estudos feministas e de gênero, de um lado, têm proporcionado instrumentos de reflexão teórica, conceitual e metodológica que tratam das relações entre igualdade e diferença, alteridade e identidade, visando transcender binarismos na análise da construção e dos efeitos da diferença. De outro, estudos de religião têm procurado incorporar as dimensões da subjetividade, da experiência e das políticas da vida cotidiana. Imbricando tais estudos, são vários os objetos de pesquisa nas ciências sociais que tematizam a relação entre religião, gênero e sexualidade, entre os quais podem ser destacados os que discutem: como doutrina, cosmologia, ritual e valores de diferentes grupos religiosos interpretam e procuram orientar as relações de gênero e a sexualidade; hierarquia eclesiástica e o sacerdócio feminino; itinerários espirituais de mulheres, incluindo a mística como forma de "liberação feminina"; as relações entre religião, gênero e subjetividade e entre ritual, gênero e corporalidade; a mobilização e participação de grupos e parlamentares religiosos na esfera pública visando intervir no debate, nas votações no legislativo e nas políticas públicas referentes às questões de igualdade de gênero, políticas de cidadania e de direitos humanos, políticas feministas, direitos sexuais e reprodutivos, união civil de homossexuais.



GT: Diversidade religiosa, imagens e identidades

Coordenadores: José Ivo Follmann (UNISINOS - Brasil) e José Rogério Lopes (UNISINOS - Brasil)

E-mail de José Ivo Follmann jifmann@unisinos.br
E-mail de José Rogério Lopes rlopes@universiabrasil.net


Ementa:
O GT Diversidade religiosa, imagens e identidades tem como objetivo reunir trabalhos e pesquisadores para siscutir a relação entre a construção de identidades e as formações religiosas que se configuram no e através do uso de imagens (iconografias e outras imagens figuradas). Para tanto, confere especial atenção ao modo como os diferentes grupos religiosos, num contexto de crescente pluralismo e concorrência religiosos, procuram explorar os diversos canais de mediação e redes de comunicação, entre eles a TV, a internet, a literatura, os jornais e revistas, para elaborar imagens e identidades religiosas.



GT: Religião, poder e política

Coordenadores: Leonildo Silveira Campos (UMEP - Brasil) e Dario Paulo Barreira Rivera (UMEP - Brasil)

E-mail de Leonildo: leocamps@uol.com.br
E-mail de Dario Paulo Barreira Rivera: dariopbr@terra.com.br


Ementa:
Líderes eclesiásticos de igrejas, denominações e seitas religiosas vêm desenvolvendo diversas estratégias para estender seu poder religioso, no plano interno, e político e cultural, no externo. Católicos, evangélicos e agentes de outros grupos religiosos cada vez mais procuram implementar estratégias de marketing para ampliar seus membros e clientelas diante do avanço da concorrência e do pluralismo religiosos. Para tanto, empregam crescentemente os meios de comunicação de massa (rádio, televisão, cinema, internet, literatura) e técnicas publicitárias em suas atividades proselitistas. Ao lado disso, concedem mais e mais espaço para grupos e lideranças pastorais carismáticas, cujas crenças, liturgias e estratégias de evangelismo apelam sistemática e insistentemente para a oferta de serviços mágico-religiosos e musicais e para a emoção e a espetacularização dos cultos como forma de aumentar a atração e o recrutamento de adeptos. No campo político, verifica-se uma acelerada expansão do número de candidatos e das bancadas de parlamentares evangélicos, especialmente de representantes de denominações pentecostais, visando enfrentar e superar o poder e a influência da Igreja Católica na esfera pública e, em particular, na área social. O GT Religião, poder e política tem como objetivo discutir as relações de poder no interior dos grupos religiosos, suas estratégias concorrenciais, sua inserção e atuação na política partidária e suas relações com o Estado na América Latina.



GT: A religião como linguagem privilegiada de construção de identidades

Coordenadores: Dra. Josildeth Gomes Consorte (PUC-SP - Brasil) e Dr. Silas Guerriero (PUC-SP - Brasil)

E-mail de Silas Guerriero: dtcr@pucsp.br
E-mail de Josildeth Gomes: csopos@pucsp.br


Ementa:
A associação do fenômeno religioso com a construção e reconstrução de identidades é bastante conhecida dos cientistas sociais. A experiência religiosa dos povos latino-americanos em geral e dos brasileiros neste particular tem se mostrado extremamente rica ao longo dos séculos como campo de ocorrência desses exercícios identitários e merecido atenção dos estudiosos da religião em vários de seus aspectos. O GT tem como objetivo discutir as novas dimensões da relação entre religião e construção de identidades. Num contexto pluralista marcado por intensa mobilidade e fragmentação identitária e por significativas mudanças no quadro de filiações religiosas, procura-se investigar, de um lado, a presença e influência das crenças, práticas e valores religiosos na reordenação das identidades sociais e dos grupos emergentes e na sustentação de práticas individuais encontradas nos centros urbanos contemporâneos.



GT: Juventude e religião: modulações e articulações com a cultura, socialidade e política

Coordenadores: Léa Freitas Perez (UFMG - Brasil) e Carla Coelho de Andrade (UnB - Brasil)

E-mail de Léa Freitas Perez freitasperez@uol.com.br
E-mail de Carla Coelho de Andrade pesquisa2003@uol.com.br


Ementa:
A temática "juventude", em suas diferentes modulações e articulações, no plano da cultura, tem despertado crescente interesse nas Ciências Sociais nos últimos tempos. Receberam destaque, entre outros temas, as formas emergentes com que as práticas religiosas e a participação política foram se revestindo. O marco inicial deste novo enfoque foi a pesquisa pioneira de Regina Novaes (Comunicações do ISER, n. 45, 1994). Os estimulantes resultados dessa pesquisa motivaram, em 2000, a realização da pesquisa, agora em âmbito nacional, "Religião e Política entre alunos de Ciências Sociais", coordenada por Carlos Steil, da UFRGS, em parceira com pesquisadores da UFRJ, UNISINOS, PUCRS, UFJF e UFMG. Na seqüência, realizaram-se encontros envolvendo os pesquisadores que fizeram essa pesquisa com outros que foram se acercando do objeto "juventude" em fóruns e reuniões de associações acadêmicas, tais como a Mesa-redonda "Juventud, Ciências Sociales y Religión", ocorrida na IV Reunião de Antropologia do Mercosul (RAM), em novembro de 2001, em Curitiba, coordenada por Pablo Semán, o Fórum de Pesquisa "Religião e Política entre Universitários", realizado na 23ª Reunião Brasileira de Antropologia, em julho de 2002, em Gramado, coordenado por Carlos Steil e Léa Freitas Perez, e o Fórum de Pesquisa "Juventudes: cultura e espaço urbano; religião e política", realizado na 24ª Reunião Brasileira de Antropologia, em junho de 2004, em Olinda, coordenado por Rosilene Alvim e Léa Freitas Perez. A juventude também tem sido tematizada, seja relacionada à problemática da violência urbana - o jovem como agente e/ou paciente do fenômeno -, seja associada ao surgimento de novas formas de socialidade juvenil, manifestas por meio de expressões culturais, como a dança, a música, as festas, o vocabulário, etc. A juventude e suas expressões também passaram a ser objeto de ações e de políticas públicas visando a sua incorporação em um projeto de construção de cidadania. No entanto, reflexões sobre o papel do jovem na sociedade e na construção da cidadania extrapolaram o interesse das ações e das políticas públicas, passando a ser incorporadas aos estudos no âmbito das Ciências Sociais. O GT visa construir um espaço de reflexão sobre como religião, cultura, socialidade e política são pensados e vividos pelos jovens e como uns dialogam com os outros.