COPYLEFT = Criar escassez artificialmente por propósitos econômicos é imoral, além de burro: deixe sua informação fluir e você vai acabar se dando bem de um jeito ou de outro. (Tom B.)
Os Urbanitas
Nada de "mais". Só um lugar pra falar mais rapidamente sobre as novidades em cultura urbana. E, claro, cibernética, também.
19.11.02
17.11.02
14.11.02
Xirê!, novo livro de Rita Amaral
"O caráter festivo que impregna as cerimônias públicas do candomblé e demais cultos afro-brasileiros é uma das principais características destas religiões, nas quais o festejar representa em vários planos a noção de que o contato entre o mundo dos deuses e o dos homens é um momento particular de experiência do sagrado, devendo ser vivida como o deleite de todos os sentidos. Em Xirê, o modo de crer e de viver no candomblé, a análise das festas revela a importância da dimensão lúdica na constituição do candomblé como religião que valoriza a alegria, o prazer, o dispêndio, a sensualidade, o corpo, a vida, gerando um estilo de vida singular, capaz de ser reconhecido pela sociedade em geral. Neste livro o mundo do candomblé é apresentado com riqueza de detalhes cotidianos raramente registrados nas etnografias clássicas ou contemporâneas sobre o tema, sendo sua leitura recomendada tanto para o público acadêmico como para o povo-de-santo e, ainda, para os interessados pelas religiões afro-brasileiras. Rita Amaral é doutora em Antropologia Social e pós-doutorada em Etnologia Afro-Brasileira pelo Museu de Arqueologia e Etnologia, ambos pela Universidade de São Paulo, onde organizou as coleções de peças religiosas afro-brasileiras. Estuda as religiões de influência africana desde 1986, tem diversos artigos sobre o tema e atualmente desenvolve estudos sobre antropologia e hipermídia."
3.11.02
Nada se perde, tudo se aproveita
Uma idéia que surgiu de uma simples arrumação doméstica está servindo como uma ótima solução para pessoas e empresas e beneficiando diversas instituições sem fins lucrativos de São Paulo. O Programa de Redistribuição de Excedentes, que existe há dez anos, recebe doações de empresas e indivíduos e repassa o que é arrecadado para instituições cadastradas, de acordo com o tamanho e o número de pessoas atendidas por cada entidade receptora. O trabalho é voluntário, ainda não está
regulamentado e não recebe nenhum tipo de apoio financeiro. À frente desta iniciativa está a socióloga Cláudia Troncoso que, em 1992, começou a organizar em caixas de papelão os brinquedos que seus filhos não queriam mais. Passou a juntar em casa, também, brinquedos de sobrinhos, de filhos de amigos e de vizinhos. Para se desfazer desses brinquedos, procurou conhecer e visitar
instituições, quando surgiu a idéia de montar um cadastro. A partir daí, pessoas conhecidas que queriam se desfazer de algum objeto - porém não sabiam como - passaram a procurar Cláudia, que se tornou intermediadora das doações. Ela começou a entrar em contato com eventos, feiras e empresas para explicar o seu trabalho; as pessoas e instituições que tinham algum excedente para doar,
retornavam o contato. Estava sendo estruturado, assim, o Programa de Redistribuição de Excedentes, que atualmente conta com um cadastro de 26 instituições receptoras.